Todos nós estamos cansados de saber que a situação da saúde no Brasil vai de mal a pior. Mas a nossa preocupação aumenta quando o ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, ainda no exercício da função, solta o verbo e diz que estamos próximos de um colapso.

Segundo o ministro, esse é o pior momento vivido pelo Sistema Único de Saúde nesses 25 anos de existência e a situação é insustentável. A frase do ministro é mais uma confirmação da incompetência que tomou conta do nosso país nos últimos anos.

Na previsão do ministro, os recursos previstos para os atendimentos de média e alta complexidade,no ano que vem, acabarão em outubro, de acordo com o que está previsto na proposta orçamentária.

Nas próprias palavras do ministro, UPAs, Samus, hospitais, prontos-socorros, transplantes, serviços de hemodiálise e serviços de análises clínicas não terão recursos para funcionar nos três últimos meses de 2016. Mas acredito que o caos pode chegar bem antes disso.

Não podemos deixar mais essa bomba para os prefeitos e trabalhadores. Precisamos nos debruçar sobre o projeto do orçamento e buscar novas formas de financiamento para a saúde. Missão muito difícil diante do quadro das contas públicas do atual governo.

O ex-ministro diz que alertou por inúmeras vezes para a necessidade de se encontrar novas fontes para o financiamento da saúde, mas não foi ouvido.

O governo fez como tem feito em diversas áreas. Foi empurrando o problema pra frente até o momento em que a bomba estoura no colo da população.

Vamos fazer a nossa parte, enquanto parlamentares, na análise da peça orçamentária e na busca de novos recursos.
E vamos cobrar também do governo mais responsabilidade e atenção. Parece que não tem noção da importância de um atendimento médico público de qualidade para o trabalhador, que não tem como custear um tratamento particular. Parece que estão brincando com a vida das pessoas. Muito triste essa realidade de nosso país.