Deputado preside audiência pública, nesta quarta-feira, na CME, sobre a geração de energia pelos ventos, que é uma matriz energética mais barata e limpa

O presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado federal Rodrigo de Castro, preside nesta quarta-feira (19/08), a partir das 10h, audiência pública para debater o uso da energia eólica no Brasil. O requerimento para a realização da reunião foi apresentado pelo próprio Rodrigo de Castro e pelo deputado João Fernando Coutinho e tem como objetivo discutir o incentivo ao uso da energia vinda dos ventos, que é mais barata e causa menos danos ao meio ambiente.

O Brasil tem excelentes áreas para a captação dos ventos. Precisamos estimular as pesquisas e os investimentos na geração de energia eólica, uma forma de energia que tem enormes vantagens e é uma fonte inesgotável. Não podemos desperdiçar o potencial brasileiro”, explicou o deputado.

Além da questão do preço e da não emissão de gases poluentes e resíduos, a instalação de parques eólicos é um importante instrumento para a geração de empregos e de investimentos em regiões carentes. As áreas destinadas aos parques são compatíveis ainda com o desenvolvimento de outras atividades econômicas com a agricultura e a pecuária.

Para os países que utilizam a energia eólica também há vantagens como menor emissão de gases, o que facilita o cumprimento do protocolo de Quioto, e o ganho de competitividade já que há o uso de uma energia mais barata e limpa.

A produção de energia eólica é ainda um bom negócio para quem produz, já que a manutenção dos geradores é mais fácil e mais barata e a rentabilidade do negócio é alta e de fácil retorno.

Como podemos ver, são inúmeras vantagens, o que torna a energia eólica um bom negócio para o consumidor e para o produtor”, defende o deputado.

Desde 2010, a China é o maior produtor de energia eólica, mas na comparação com o total de energia utilizada, alguns países assumem posição pioneira. Na Dinamarca, por exemplo, a energia eólica representa 40% da energia utilizada e, em alguns momentos, o país chega a vender a energia dos ventos porque há excedente. A produção de energia eólica no Brasil tem crescido, mas a participação na nossa matriz energética ainda é pequena. A expectativa é de que até 2018, esse fonte energética corresponda a 8% do total utilizado no país.

A audiência pública está marcada para às dez horas, no plenário 14, do anexo 2, da Câmara dos Deputados. Participam o coordenador-geral de Fontes Alternativas do Ministério de Minas e Energia, Lívio Teixeira de Andrade Filho, o diretor da Associação Brasileira de Energia Eólica, Sandro Yamamoto, o engenheiro elétrico, Ailton Ricaldoni Lobo, o Diretor-Executivo da Casa dos Ventos, Clécio Eloy, e o vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa.

Termelétricas
Na quinta-feira (20/08), a Comissão de Minas e Energia realiza outra audiência pública por indicação do deputado Rodrigo de Castro. Será debatido o desligamento de 21 usinas termelétricas e os efeitos dessa medida sobre os custos da energia elétrica no Brasil e a compensação aos estados pela redução na arrecadação do ICMS em função do desligamento.