O Brasil ainda não conseguiu encarar com seriedade um grave problema das suas cidades: os lixões e a destinação incorreta dos resíduos sólidos que ainda acontece na maioria das cidades.
Diante disso, muitos brasileiros têm convivido com as consequências graves do descarte errado do lixo. Além dos sérios danos ambientais, os problemas de saúde de quem convive com materiais descartados de qualquer forma são muito preocupantes.

A estimativa é que o governo brasileiro gaste, por ano, um bilhão e meio de reais por meio do SUS, com doenças causadas pelo descarte e pela destinação incorreta dos resíduos.
De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente, 75 milhões de brasileiros têm seu lixo depositado em locais inadequados, o que traz consequências graves para o meio ambiente e a saúde. Há inclusive evidências de que algumas das substâncias tóxicas que são emitidas do lixo são cancerígenas.

O Brasil estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, definindo prazo para a extinção dos lixões e a substituição deles por aterros sanitários, além da implantação da reciclagem, reuso, compostagem, tratamento de lixo e coleta seletiva.

A previsão era que até 2014 todos os municípios estivessem adaptados, mas por falta de qualificação técnica muitas prefeituras ainda não se ajustaram e o prazo foi adiado.
Diante disso, a previsão é que, entre 2016 e 2021, a produção de resíduos deve gerar um prejuízo de 13 bilhões a 18 bilhões de reais no Brasil.

Para tentar reverter esse quadro, devemos oferecer suporte para que os municípios consigam, o mais rápido possível, acabar com os lixões. Uma boa solução pra isso são os consórcios municipais e devemos estimular essa prática, que reduz os custos e otimiza o trabalho.

Não podemos aceitar que, ainda hoje, vejamos nosso meio ambiente ser degradado e a saúde das pessoas prejudicadas pelo descarte irregular do lixo. Vamos mudar essa realidade lamentável, que destrói o meio ambiente e compromete o bem estar e a saúde de tantos brasileiros.

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