Os usuários da BR 040 vivem uma situação inacreditável. Há dois anos, a rodovia foi entregue a uma concessionária privada, que já vem cobrando pedágio, mas que não realizou nenhum quilômetro da duplicação prevista no trecho entre o Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, e Conselheiro Lafaiete. A explicação: falta de licenciamento ambiental.

Tenho um firme compromisso com a defesa do meio ambiente, mas acredito que vivemos no Brasil um descompasso com relação à essa questão do licenciamento.

Os processos são lentos e burocráticos e, enquanto levam anos para serem finalizados, as pessoas são seriamente prejudicadas.

No caso da BR-040, a empresa tem um prazo de cinco anos para realizar as obras, a partir do momento que ela receber o licenciamento.

Ou seja, caso ele fosse concedido agora somente em 2021 a população teria uma rodovia duplicada. Até lá, continuará pagando o pedágio e arriscando a vida cada vez que sai para uma viagem.

Segundo dados da própria concessionária, o número de acidentes caiu, a BR-040 ainda é uma das mais perigosas do país.

No primeiro semestre deste ano, foram 88 mortes decorrentes de acidentes e outros 73 óbitos posteriores, além de 1.076 feridos. No total, foram 2.840 acidentes.

Para mudar esse quadro, a duplicação é a única solução. E, por isso, cobro aqui que a estatal Empresa de Planejamento e Logística agilize esse processo.

Sei muito bem da grandeza da obra e que o licenciamento ambiental deve ser feito com muito cuidado e seriedade, mas por outro lado é preciso entender a importância da obra e garantir agilidade ao projeto.

Seguirei firme na cobrança para que esse trabalho seja concluído o mais rápido possível para darmos um basta na guerra sangrenta que enfrenta quem trafega pela BR-040.