O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) não executou, neste ano, nem a metade do que estava planejado em seu orçamento. Isso indica, mais uma vez, que o governo errou feio ao escolher as áreas que sofreram grandes cortes de despesas.

Enquanto vimos poucas mudanças na manutenção da inchada máquina pública, ocupada pelo PT, os brasileiros continuam arriscando suas vidas em estradas federais em péssimo estado.

Segundo levantamento do site Contas Abertas, os investimentos do DNIT caíram absurdamente na comparação com 2014. No ano passado, entre janeiro e outubro, foram aplicados R$ 8,3 bilhões e neste ano somente R$ 5,2 bilhões.
Em Minas Gerais está a obra com mais previsões de gastos pelo DNIT: o trecho da BR-381, próximo a Governador Valadares. Ela só é maior, no entanto, no papel. Dos R$ 309,4 milhões autorizados pela União, apenas R$ 131,3 milhões foram pagos pelo DNIT.

A manutenção das estradas também está ameaçada. O órgão está sendo obrigado a renegociar todos os seus contratos para evitar a paralisação total.

Nas obras de construção de novas vias, o ritmo foi reduzido em 45% e nas obras de manutenção em 35%.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema que o brasileiro está encontrando ao pegar uma estrada para viajar, 57,3% das estradas brasileiras têm deficiência e 86,5% são de pista simples e mão dupla, segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT).

Infelizmente, o Brasil enfrentará, mais uma vez, o seu período de chuvas que coincide com as festas de final de ano e as férias de verão, com estradas em péssima qualidade. Os motoristas terão que redobrar sua atenção para que não tenhamos uma temporada de muitos acidentes. E rezar porque, pelo jeito, só Deus poderá nos proteger.