Entre os inúmeros descalabros que o PT deixou ao Brasil, um em especial me chama muito a atenção: o rombo na Caixa Econômica Federal, causado em grande parte pelo aparelhamento da diretoria do banco e pela má qualidade da gestão.

Os primeiros levantamentos indicam que somente uma injeção de R$ 25 bilhões, no prazo de 12 a 18 meses, salvará a Caixa da falência.

Além de negócios suspeitos, corrupção e uso das suas reservas nas criminosas pedaladas, a estrutura da Caixa está inchada, com muitos dirigentes sem currículos apropriados para os cargos. Atualmente são 12 vice-presidentes, 19 diretores e 70 superintendentes estaduais.

Sinto-me na obrigação de denunciar esse rombo gigantesco e o absurdo que fizeram com a administração do banco por conhecer muito bem a instituição, por meio do trabalho do meu pai que fez carreira na Caixa. E por saber da enorme confiança que correntistas e clientes depositam no banco.

A minha preocupação com a grave situação da Caixa soma-se à apreensão causada pela situação vivida pelo Fundo de Pensão dos Funcionários da Caixa (Funcef), que também foi alvo de um rombo de, ao menos, R$ 2,3 bilhões.
Em maio, 57 mil participantes do fundo começaram a pagar uma tarifa adicional de 2,73% de suas contribuições. Para os que já estão aposentados, o percentual está sendo descontando de seus benefícios.

A previsão é que essa contribuição extra seja cobrada por 17 anos e ela pode aumentar ainda mais já que o rombo pode ser muito maior do que o apurado até o momento.

Vejam o absurdo disso tudo. As pessoas que contribuíram a vida toda, planejando uma aposentadoria segura, são obrigadas agora a abrir mão de parte de seus benefícios para cobrir o buraco deixado por uma administração irresponsável, incompetente e servil aos interesses do PT.

Da mesma forma, o que fizeram com o banco é absurdo, já que a Caixa desempenha um papel fundamental em nosso país na área habitacional.

Só por isso já deveria ser administrada com o máximo de cuidado, seriedade e responsabilidade. Mas também neste caso prevaleceram os interesses partidários.

O governo Temer e os governos futuros têm um desafio muito grande de recuperar a Caixa, a Petrobras, a Eletrobras, os Correios, além dos fundos de pensão.

Os danos do PT a essas empresas demorará muitos anos para serem cobertos, mas nosso compromisso deve ser no sentido de salvá-las, afinal elas são patrimônio de todo povo brasileiro. Vamos trabalhar neste sentido.