O Fórum Econômico Mundial divulgou na semana passada um dado extremamente preocupante para o futuro do Brasil. Nosso país está entre os piores do mundo na qualidade do ensino de matemática e ciências.

Ocupamos apenas a 133ª posição num ranking que avaliou 139 países. Perdemos duas posições em relação ao levantamento anterior de 2014. Na avaliação geral, ocupamos o lugar de número 131, que também não é nada animador.

No governo do PT muito se falava que a nossa educação estava avançando, mas tudo não passava de propaganda falsa.

Houve um olhar maior para o ensino superior, mas a base foi completamente abandonada. Outro dado que comprova isso indica que, em Minas Gerais, 40% dos alunos que chegam ao terceiro ano do ensino médio nem sequer se inscrevem no Enem. Acredito que no restante do Brasil não seja diferente.

Ou seja, falta todo tipo de estímulo para que os alunos se envolvam com os estudos e procurem alcançar uma vaga na universidade. Não há investimento na valorização e melhor preparação dos professores.

Com relação ao mal desempenho do Brasil em matemática e ciências, qualquer professor de ensino médio percebe e atesta que os estudantes brasileiros não recebem a base que precisariam nos primeiros anos do ensino.

Um ponto muito grave de tudo isso é que o ensino de matemática e ciências está diretamente relacionado à formação de bons profissionais em áreas técnicas, como engenharia e tecnologia de informação, ocupações fundamentais hoje em dia.

O próprio Ministério da Educação reconhece que, nos últimos anos, houve uma queda significativa no investimento na educação básica. A prioridade foi a educação superior.

Não estou criticando os investimentos nas universidades, nem o maior acesso dos nosso jovens às faculdades, mas precisamos realmente garantir que esse seja um direito de todos.

E que todos cheguem ao ensino superior com uma preparação de qualidade, para que possamos formar jovens com alta capacidade técnica, mas também preparados para questionar, refletir e debater assuntos diversos. Com isso, teríamos uma mão de obra extremamente preparada.

O novo governo brasileiro tem, pela frente, o desafio de reverter a lógica dos últimos anos, e investir também no início e no meio do processo.

Vamos em frente neste sentido porque, sem dúvida, esse seria o caminho certo para o Brasil.