O prefeito de Viçosa, Ângelo Chequer, esteve na semana passada na Secretaria estadual de Saúde de Minas Gerais em busca de uma solução para o grave problema do atraso dos repasses dos recursos do Governo do Estado para as prefeituras.

Ângelo conseguiu apenas protocolar um ofício cobrando uma solução para o grave problema e promete agora acionar a Justiça para decidir o caso, já que os cidadãos de Viçosa não podem ficar esperando o governador Fernando Pimentel decidir se mexer e resolver a questão.

Questão, aliás, que não é só de Viçosa. Levantamentos indicam que todos os 853 municípios de Minas têm uma quantia significativa a receber para investimentos na saúde.

No caso de Viçosa, são quase R$ 6 milhões devidos à saúde da cidade. São, por exemplo, mais de setecentos e setenta mil (R$ 770 mil) para a compra de medicamentos, um milhão e trezentos mil reais R$ 1,3 milhão) para a atenção básica e dois milhões e novecentos mil reais para a realização de cirurgias.

Os hospitais de Viçosa, São Sebastiao e São João Batista, estão penalizados com esse atraso absurdo. A saúde é obrigação de todos e é com muito orgulho que destino emendas às duas instituições, mas parece que o governador Fernando Pimentel não entende ou não quer fazer a sua parte nesse financiamento da saúde.

Pode-se dizer até que é uma questão de prioridades. Enquanto falta dinheiro para a saúde, sobra para o pagamento absurdo de gratificações para os secretários de estado. Em quatro meses, foram meio milhão de reais como bônus para os secretários participarem de conselhos. Enquanto isso a população sofre em busca de uma consulta, remédios e exames.

Jogaram fora todo o trabalho realizado pelo PSDB enquanto esteve à frente do Governo de Minas. Era uma política planejada, com altos investimentos para o fortalecimento do atendimento médico no interior, para a reestruturação dos hospitais, através do ProHosp, e para a construção dos hospitais regionais.

Onde foi parar tudo isso?

O meu conselho ao prefeito Ângelo Chequer é que vá em frente. Procure mesmo a Justiça, porque o povo de Viçosa e de Minas Gerais não pode ser maltratado dessa forma.