Mais uma medida da presidente Dilma nos faz perguntar porque o governo dela trata tão mal Minas Gerais? Ao assinar a Medida Provisória (MP) 677, prorrogando o fornecimento de energia mais barata para grandes empresas do Nordeste, por que Dilma não teve o cuidado de incluir as indústrias dos municípios do Norte de Minas Gerais que fazem parte da Sudene?

Sem acordo, o custo da energia para essas empresas chegam até a triplicar. Mas será que a presidente sabe do que se passa com as empresas instaladas em alguns municípios mineiros? Será que o governador Fernando Pimentel conhece a situação e não se movimentou junto ao governo federal?

Cidades como Pirapora, Várzea da Palma, Montes Claros e outros polos industriais de Minas já vivem uma crise profunda em seus parques de produção, especialmente entre as indústrias de ferroligas, com forte impacto nos empregos. O valor da energia que era de R$ 70 o MWh, até o ano passado, chega agora a R$ 400.

Como a energia é matéria-prima para fabricar as ligas, 80% da produção do estado de Minas Gerais está parada.
Nós parlamentares temos que defender o tratamento com isonomia para todos os estados e regiões brasileiras que vivem em situações semelhantes. O momento já é de crise e de recessão e devemos estar atentos a medidas que provoquem ainda mais dificuldades financeiras para as empresas e seus trabalhadores.

Se as empresas do Nordeste merecem um tratamento específico, com um insumo tão importante como a energia com preços subsidiados, por que as indústrias do Norte de Minas não recebem o mesmo tratamento?

Não vamos aceitar essa diferenciação. Exigimos o mesmo respeito e o mesmo incentivo aos empregos dos nossos trabalhadores.