A produção industrial brasileira para o mercado externo precisa urgentemente de uma correção de rumos, que nos faça andar no mesmo ritmo de outros países. Em maio, o Brasil obteve um resultado positivo na sua balança comercial – US$ 2,76 bilhões – mas o resultado só foi alcançado devido ao bom desempenho do agronegócio.
Há, desde o início do ano, grande expectativa sobre o que o governo do PT pretende fazer para tentar alavancar as nossas exportações industriais, já que nos últimos anos foram graves os erros cometidos com relação a esse tema.
Estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) indica que o Brasil está fora da tendência do mercado de fragmentação dos processos produtivos, com a formação de cadeias internacionais de produção.
O Brasil, nas poucas vezes em que participa dessas cadeias, continua apenas como fornecedor de matérias-primas e insumos, não participando das etapas mais sofisticadas e rentáveis.
A correção disso demanda uma mudança na nossa política externa. O Brasil precisa priorizar as relações com países com economias mais desenvolvidas, de forma que nos permita a inserção dos nossos produtos na economia internacional, com ganhos de competitividade e inovação.
O setor de exportação brasileiro aguarda com ansiedade o Plano Nacional de Exportações, prometido pelo governo federal para este mês de junho. Comércio exterior é uma via de mão dupla. Para exportar produtos de melhor qualidade e rentabilidade, é preciso importar também.
Por isso, uma mudança de curso é fundamental, pois as medidas protecionistas adotadas pela presidente Dilma nos últimos anos não foram bem-sucedidas.
O aumento das tarifas de importação, nos últimos anos, significou alta no custo de muitos insumos extremamente importantes para a nossa indústria. O Brasil precisa de uma nova rodada de abertura da economia, que incentive os investimentos e a produtividade.
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