O documento final produzido após intensos debates na COP 21 não é exatamente o que o mundo esperava, mas deve sim ser comemorado.

É o primeiro acordo de extensão global para frear as emissões de gases do efeito estufa e para lidar com os impactos da mudança climática. Foi a primeira vez que todos os países reconheceram que as emissões precisam ser desaceleradas e, em algum momento, começarem a cair.

O acordo determina que os 195 países signatários atuem para que a temperatura média do planeta sofra uma elevação muito abaixo de 2°C. Os esforços devem ser para limitar o aumento a 1,5°C.

Outro ponto importante incluído no documento diz respeito ao compromisso de países ricos de financiarem, com recursos de US$ 100 bilhões por ano, pelo menos, ações de combate à mudança do clima a partir de 2020.

O ponto decepcionante foi a ausência de metas específicas de cortes de emissão para períodos de longo prazo. Não foi definido com precisão até quando as emissões devem parar de subir e começar a cair.

Apesar da expectativa de que fossem firmadas essas metas, não podemos considerar o documento decepcionante. Devemos encará-lo como um pontapé inicial.

E devemos encarar esse encontro em torno da mudança climática como um momento especial para todo mundo. Uma chance de que todos se atentem para essa questão e façam a sua parte.

É claro que as grandes potências industriais têm uma responsabilidade muito maior com relação à emissão de gases, mas cada um pode fazer a sua parte.

Economia de água e de luz, reciclagem de lixo e um consumo consciente são práticas que podem fazer a diferença.

Pense bem, reflita sobre o seu dia a dia, sobre a sua rua, seu bairro e sua cidade. Pense sobre o que você pode fazer para mudar o seu pedaço no mundo. Quando essa consciência for de todos, teremos uma verdadeira mudança e, quem sabe, conseguiremos frear o aquecimento global.