O governo federal anunciou, na última semana, um bloqueio de gastos de R$ 23,4 bilhões no orçamento de 2016. O valor é considerado ínfimo e terá um impacto muito pequeno no rombo que o governo prevê para o ano.

Além disso, ao ler sobre o anúncio do Ministério do Planejamento, fiquei me questionando sobre o que as pessoas em geral, os analistas de mercado e, claro, os investidores, pensam quando leem e ouvem notícias como essas.
Diante do fato de que, há alguns meses, o governo anunciou, por exemplo, o corte de 3 mil cargos comissionados e nada aconteceu, é possível acreditar que desta vez será diferente?

A presidente Dilma chegou a anunciar também uma redução em seu próprio salário e no do vice-presidente. Mais uma vez, nada aconteceu. O que nos fará acreditar que agora é pra valer?

Novamente, o governo demostra sua incapacidade de cortar na carne e investir num bom planejamento para garantir a oferta dos serviços com menos dinheiro.

Além disso, há notícias também de que o governo pretende congelar o salário mínimo. Sem falar na insistência em aprovar a CPMF. Ou seja, a presidente Dilma insiste em transferir para a população o ônus da crise que sua desastrosa política econômica vem causando.

Em Minas Gerais, a situação é muito semelhante. O governo do estado anunciou um corte de R$ 2 bilhões, valor pequeno diante do rombo de mais de R$ 8 bilhões previsto.

E novamente o PT erra na escolha das áreas alcançadas pelo corte. Depois de aumentar a máquina pública com criação de secretarias e cargos, as áreas como segurança e saúde são as mais atingidas com o contingenciamento.

Sem falar na falta de compromisso com o servidor público, que já vem sofrendo com o atraso e o escalonamento de salários.

Em 2003, quando assumiu o governo mineiro, com condições financeiras ruins, o então governador Aécio Neves fez uma verdadeira reforma administrativa, cortou o próprio salário e reduziu gastos com custeio.

Isso garantiu credibilidade ao Estado e permitiu a retomada dos investimentos.

Da mesma forma, o então governador Antonio Anastasia precisou fazer novos cortes de despesas em 2013, diante já dos enormes erros da equipe econômica de Dilma Rousseff. E, em nome da responsabilidade com as contas públicas, ele fez um duro ajuste.

Dessa forma, o PSDB, durante os 12 anos que governou Minas, manteve seu compromisso com o funcionalismo e pagou salários em dia.

O PT em Minas age exatamente da mesma forma que o governo petista de Brasília. Só conhece a equação de aumento de impostos para continuar financiando o inchaço da máquina pública. Não é capaz de fazer um ajuste sério em suas contas para preservar os serviços essenciais para a população.

Minas e o Brasil estão pagando um preço muito alto por isso!